quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Cresce procura por etnoturismo, uma imersão em culturas ancestrais



     A América Latina é muito rica em diversidade de culturas e tradições. Na Bolívia, por exemplo, um dos percursos recomendados passa por navegar pelas águas azuis do Lago Titicaca, visitar o Salgar de Uyuni e as lagoas de cores ou a Amazônia e sua biodiversidade.

     Também é possível conhecer os povos Quíchua, Mosetene e Tsimane e compartilhar com eles seu modo de vida.

     Peru, Bolívia e Guatemala são países que também mantêm um alto nível de população indígena, mas não estão tão estruturados em nível de empresas de viagens como o Chile, a Argentina e o México.
Uma nova opção de turismo na África.

     Com exceção dos safáris que percorrem a selva queniana para contemplar leões, zebras ou antílopes, se conheceria bem menos da África turística.

     O grande continente transborda cultura, ritos e costumes enriquecedores que constituem uma atração turística emergente. Entre as tribos da África encontramos pigmeus, bosquimanos e hotentotes, malinke, wolof, haussa, senufo, dogón, sara e bambara, entre muitas outras.

     Um grande número de etnias africanas compartilha costumes, pois com a passagem do tempo se integraram e tem se aberto às tribos vizinhas.

     O site "responsibletravel.com" dispõe de pacotes preparados para turistas, mas nesse caso não se centram exclusivamente na América Latina, oferecem também um "etnoturismo” organizado por diferentes regiões da África.

     Um dos destinos disponíveis é a Etiópia por 14 dias. Desertos, rios, montanhas, crateras e pequenas aldeias se abrem frente ao viajante, que se adentra em localidades como Gondar ou Lalibela, catalogadas como Patrimônio da Humanidade.
                 

                     Conselhos para o "etnoturista"
     Uma vez eleito o destino que vai enriquecer nossas férias, é importante seguir uma série de conselhos para que a presença estrangeira não influencie de maneira negativa na vida local.

     Os Governos locais dos países receptores de turismo étnico advertem aos estrangeiros que é preciso saber de antemão algo sobre as etnias com as quais irá conviver, pois algumas são mais amigáveis com os turistas que outras.

     É preciso pedir permissão para usar a câmera fotográfica, respeitar seus ritos e costumes, assim como não deteriorar seu entorno natural nem alterar seu ritmo de vida.

     Uma vez preparados para a viagem e com a informação prévia pertinente, é preciso apenas afundar em novas culturas ancestrais e retroceder magicamente no tempo.


Os membros da tribo Geleb, que vivem na zona sul da Etiópia, 
têm uma forma particular de se vestir (Foto: EFE)

     Cultivar papas, pastorear ou cortar lenha com integrantes de tribos perdidas na floresta se transformaram em ocupações procuradas por turistas que desejam passar suas férias imersos em culturas ancestrais, viver como se fizessem parte delas e enriquecer com sua forma de ver a vida.

     Longe de causar um impacto negativo nas tribos e seus arredores naturais, o etnoturismo foi fonte de renda e melhoras nos países que são visitados por este tipo de viajantes.

     A difusão da cultura local para turistas gerou a recuperação de espécies nativas, o cuidado com o entorno e a preservação de costumes antigos, além de proporcionar um lucro econômico a povoados que, graças ao dinheiro dos viajantes, podem melhorar sua qualidade de vida e sobreviver.
        

                 A rota do etnoturismo na América Latina

  Os etnoturistas podem conhecer monumentos como este,
característicos do México (Foto: EFE) 

     No Chile, por exemplo, existem cerca de 60 projetos apoiados por ONGs que ajudam as tribos a se organizar e se estruturar para serem receptoras de etnoturismo.

     A "Casa de la gente nueva" (Casa de gente nova), localizada no quilômetro 20 do caminho a Cunco, na região de Temuco, oferece estâncias em casas típicas ou visitas diárias nas quais se pode passear em carros de boi e participar dos ritos dos Mapuche.

     Em Putre e em Parinacota os que acolhem ao viajante são os Aimará, enquanto em Chiu Chiu é possível desfrutar dos sabores da autêntica cozinha atacamenha.

    A Rede Indígena de Turismo do México (RITA), formada por 32 organizações do movimento indígena do México, assessora sobre o "etnoturismo" em seu país e oferece pacotes de férias que procuram cuidar de suas tribos e do turista ao máximo.

     Apesar de ser um movimento incipiente, esta opção de férias está em pleno auge, por isso há cada vez mais empresas que preparam viagens para percorrer o país e conhecer várias tribos.

     Apesar de ser possível jogar a mochila no ombro e com boa informação percorrer a América do Sul, é preferível, sobretudo se não se tiver um conhecimento prévio do país, contratar alguma das empresas que operam na região para garantir a segurança, o bom tratamento e a conservação dos locais indígenas.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/-cresce-procura-por-etnoturismo--uma-imers%C3%A3o-em-culturas-ancestrais.html?page=all

Um comentário:

  1. Muito bom saber desse blog, já que se trata de uma ferramenta prética para se divulgar aquilo que se deseja. Boa iniciativa! Parabéns!
    Cassildo Souza.

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